Figura de Buda

Figura de Buda

Estuque, pigmentos Gandara, Afeganistão ou Paquistão Séc. III–IV SCML.CA-CFC.0438

Escultura Budista

Entre o século III a.C. e o século XII d.C, foi notável o patrocínio imperial do Budismo na Índia. Durante este período, foram construídos magníficos e numerosos mosteiros e stupas.

O imperador Ashoka (r. 268-232 a.C.), da dinastia Maurya e patrono do Budismo, ergueu na India, enormes pilares em pedra com éditos gravados, inspirados na doutrina de Buda, e que constituem as primeiras inscrições monumentais do Sul da Ásia.

Após a morte e cremação de Buda, as suas relíquias foram transportadas pelo Norte da Índia, e guardadas em stupas (monumentos em forma de montes hemisféricos) que se tornaram importantes locais de peregrinação (provavelmente no final do século IV A.C.)

O Budismo floresceu na região de Gandara (ao longo da fronteira entre os atuais Paquistão e Afeganistão), entre o século I d.C. e meados do século IV d.C., sob o domínio Indo-cita, Indo-parta e Kushan. Uma tradição escultórica emergiu, a qual foi responsável pela criação das primeiras imagens esculpidas da religião budista, encomendadas e doadas pelos reis Kushan, população local e peregrinos. Num período posterior, o estuque substituiu a pedra como principal material. A escultura de Gandara, combina a iconografia indiana com tradições helenísticas, ecoando aherança deixada por Alexandre, o Grande, e os seus exércitos, no século IV a.C.