Torre de vigia

Torre de vigia

Terracota, vidrado China Central Dinastia Han Oriental, século I d.C. Inv. CA-CFC.368

Torres de vigia

Entre as criações mais impressionantes dos ceramistas Han encontram-se os modelos arquitetónicos de torres de vigia. A dinastia Han foi um período de expansão dinástica que envolveu a construção de muitos edifícios novos, e estes modelos personificam o espírito da época. Estas torres  podiam  ter sido usadas como fortificações, mas também para fins de prazer e entretenimento.  Os modelos destas torres eram especialmente adequados a serem colocados nos túmulos, auxiliando os espíritos dos defuntos a alcançar os céus.

A cerâmica Han

O passado imperial da China remonta ao reino de Qin (221-206 a.C.). Durante o período Zhou Oriental (770-256 a.C.), o pequeno reino de Qin, situado na região de Shaanxi, integrou os reinos vizinhos, e no ano de 221 a.C., o seu monarca autoproclamou-se imperador.  Enquanto primeiro imperador da China, Qin Shi Huangdi viria a reinar sobre um império que abrangia a maior parte do território chinês dos nossos dias.  Qin, pronunciado “Tchin”, deu à China o seu nome, fundando a sua identidade cultural.

A dinastia Han (206 a.C.-220 d.C.), durante a qual a China viria a usufruir de uma estabilidade duradoura, assistiu ao desenvolvimento de uma verdadeira indústria cerâmica, sobretudo dedicada à produção de objetos funerários.  Uma vez que as matérias-primas necessárias eram amplamente disponíveis e o seu fabrico era simples, podendo estas peças ser produzidas praticamente em qualquer lugar.  Sendo a vida depois da morte concebida como continuação da vida terrena, os túmulos eram projetados para conter o necessário a uma existência confortável, muitas vezes idealizada.