
Sri Lanka
SALA – 12
A fé budista, diz a tradição, foi introduzida no Sri Lanka durante o século III a.C. por monges liderados por Mahinda, filho do famoso imperador indiano Maurya Ashoka (r.268-232). Nas suas diferentes formas, o Budismo ensina a rejeição do apego ao mundo, aos objetos, às ilusões e ao Eu. A adoração de demónios e outros espíritos é vista como uma das muitas formas de apego humano. Com o passar do tempo, os demónios, nagas e outras espíritos nativos foram incorporados no Budismo enquanto protetores.
O Sri Lanka ocupava uma posição proeminente nas rotas comerciais que ligavam o Ocidente e o Extremo Oriente. A proximidade da Índia levou a que, entre o século IX e finais do século XI, os reinos do sul do continente indiano interviessem regularmente na ilha. Impulsionados pelo comércio de especiarias, os europeus chegaram cinco séculos mais tarde: primeiro, os portugueses, no início do século XVI, seguidos pelos holandeses, em meados do século XVII, e, por fim, os ingleses, que permaneceram entre 1802 e a data de independência, em 1948.
Os últimos soberanos do reino de Kandy (1591-1815) foram os Nayakas. Apesar das suas origens hindus, estes reis, foram ativos patronos do Budismo, patrocinando templos e encomendando novas imagens de Buda, tais como a que aqui se exibe.
Figura de Buda Shakyamuni
Bronze, ouro Período Kandyan, séc. XVIII Inv. CFC.7
Máscara naga raksha
Madeira, pigmentos Séc. XIX (1ª metade) Inv. CA-CFC.853
Pega de “leque” cerimonial
Marfim esculpido Séc. XVII Inv. CFC.83