Escultura e ritual hindu
Os principais deuses do Hinduísmo (Shiva, Vishnu, Brahma e Devi) são temas recorrentes da escultura hindu, embora também ocorram representações de outras divindades, guardiões, e narrativas mitológicas. As esculturas são vistas como formas temporárias habitadas pelos deuses, quando estes são ritualmente evocados. Ao observar e tocar uma imagem, o crente comunica e tornar-se uno com a divindade. As imagens sagradas são cuidadosamente reguladas: determinados atributos, gestos das mãos e posturas são atribuições específicas a cada deus, e os seus corpos não seguem necessariamente a anatomia humana, sendo frequentemente representados com múltiplos braços, pernas e cabeças, como forma de simbolizar o seu poder.
Escultura Budista
Entre o século III a.C. e o século XII d.C, foi notável o patrocínio imperial do Budismo na Índia. Durante este período, foram construídos magníficos e numerosos mosteiros e stupas.
O imperador Ashoka (r. 268-232 a.C.), da dinastia Maurya e patrono do Budismo, ergueu na India, enormes pilares em pedra com éditos gravados, inspirados na doutrina de Buda, e que constituem as primeiras inscrições monumentais do Sul da Ásia.
Após a morte e cremação de Buda, as suas relíquias foram transportadas pelo Norte da Índia, e guardadas em stupas (monumentos em forma de montes hemisféricos) que se tornaram importantes locais de peregrinação (provavelmente no final do século IV A.C.)