Cerâmica coreana
O povo coreano é originário da região de Altai, no sul da Sibéria, e até à chegada do Budismo, entre os séculos IV e VI, praticava uma religião xamanística. A adoção do Budismo trouxe consigo a prática funerária da cremação, tornando necessária a produção de urnas.
O desenvolvimento da cerâmica coreana é, em termos gerais, semelhante à da cerâmica chinesa, progredindo desde a terracota até ao grés, seguindo-se o céladon e, finalmente, a porcelana, tanto monocromática como azul e branca. A cerâmica céladon inclui algumas das peças mais imaginativas e requintadas alguma vez produzidos. Os oleiros do período Goryeo (918-1392) dominaram todas as técnicas decorativas desenvolvidas pelos Chineses, incluindo a moldagem, o entalhe e a incisão.
No final da dinastia Joseon (1392-1897), tornou-se popular um estilo especificamente coreano de cerâmica azul e branca. Os vasos Joseon eram gestualmente pintados com motivos audazes, numa tonalidade clara de azul-cobalto. Pássaros e animais são temas particularmente frequentes, em especial dragões, fénix, tartarugas e tigres. Vasos deste tipo e com estas dimensões eram usados em cerimónias da corte, contendo flores, álcool ou água.